01/Set/2021

A comercialização de milho está bastante lenta nas regiões produtoras do País. Os compradores, abastecidos, continuam a pressionar os preços, enquanto o produtor, capitalizado, só libera lotes em caso de extrema necessidade. Mesmo assim, nota-se quedas no preço, inclusive nos mercados futuros da B3. De todo modo, os preços seguem em patamares altos e os pequenos consumidores ainda veem seus custos de produção subirem.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, o mercado está travado. Os compradores estão ausentes das negociações, pois receberam milho da safra nova do Paraná e da Região Centro-Oeste, além do grão importado. Assim, praticamente não há indicações de compra na região. Os preços nominais giram em torno de R$ 95,00 por saca de 60 Kg CIF Ponta Grossa, para entrega em outubro e pagamento em novembro. Com a lentidão na comercialização, os preços se mantêm estáveis.

O primeiro milho que entrou da safra nova estava em boas condições, mas agora o grão que tem chegado aos silos está em boa parte ardido ou quebrado, o que reduz o interesse da indústria em adquirir no mercado interno. Quem tem comprado milho ultimamente são só os pequenos consumidores, mas eles têm trazido o grão da Região Centro-Oeste, e apenas em pequena quantidade. Em relação à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), os compradores indicam R$ 90,00 por saca de 60 Kg colocada em fábrica em Ponta Grossa, para embarque em fevereiro e pagamento em março de 2022.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os preços indicados por consumidores domésticos vêm caindo, o que desestimula ainda mais a realização de negócios. A indicação de compra é de R$ 74,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Para exportação, a indicação é de R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB. Para a 2ª safra de 2022, não há interesse de venda no momento. A indicação de compra é de R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarcar em julho do ano que vem e pagar em agosto.