25/Ago/2021
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a relação de troca entre o milho e insumos para o plantio apresentou piora na safra 2021/2022 em Mato Grosso. Ou seja, o produtor precisará de mais sacas de 60 Kg de milho para adquirir adubos e corretivos de solo necessários para o plantio. O custo de produção para o milho de alta tecnologia da safra 2021/2022 apresentou a sétima alta consecutiva em julho de 2021. Os principais fatores para este cenário estão ligados à valorização do dólar e à demanda aquecida pelos insumos, o que fez com que o custo de produção aumentasse 1,15% no mês passado, relativo às despesas com fertilizantes e corretivos de solo. A alta nos macronutrientes foi de 1,7% em julho ante junho. Assim, o produtor de Mato Grosso precisou de mais sacas de 60 Kg de milho para adquirir 1 tonelada de fertilizante em julho, lembrando que, além da subida de preços desses insumos, o preço médio da saca de milho comercializado em julho, para entrega na colheita da 2ª safra de 2022, ficou relativamente estável no Estado.
Segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), o custo total de produção de milho no Rio Grande do Sul na safra 2021/2022 deve crescer 52,01%. As estimativas consideram dados de 1º de agosto deste ano ante 1º de agosto do ano passado. É o segundo levantamento da entidade para custos de produção para safra 2021/2022. O custo total de produção no Rio Grande do Sul em 2021/2022 é estimado em R$ 7.653,15 por hectare, um aumento de 52,01% ante o ciclo anterior, considerando produtividade de 160 sacas de 60 Kg por hectare. No ciclo 2020/2021, o custo total de produção de milho no Estado foi de R$ 5.034,58 por hectare.
O custo operacional deve crescer 52,74%, para R$ 5.456,49 por hectare ante R$ 3.572,45 por hectare em 2020/2021. A produção necessária para cobrir o custo total de milho no Estado é de 85,13 sacas de 60 Kg, 21,95% abaixo da safra anterior (109,07 sacas de 60 Kg por hectare). Para atender o custo variável, serão necessárias 60,70 sacas de 60 Kg, queda de 21,58% ante 2020/2021, quando eram necessárias 77,39 sacas de 60 Kg. A relação de troca do milho está melhor do que a da soja porque o preço do cereal subiu mais do que o da oleaginosa. De agosto de 2020 a agosto deste ano, a cotação da soja gaúcha subiu 35%, enquanto a do milho produzido no Estado aumentou 90%. O produtor continua com resultado positivo, mas houve redução na margem de rentabilidade em virtude do aumento do custo de aquisição dos insumos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.