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17/Ago/2021

Preços do milho firmes com comercialização lenta

Mesmo com preços firmes para o milho nas regiões produtoras do País, a comercialização segue lenta. Nem com alta de preços verificada em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os produtores voltaram ao mercado. Os vendedores indicam valores mais altos do que os compradores. Em Mato Grosso, a colheita da 2ª safra de 2021 praticamente se encerrou e ainda assim a cotação do grão segue em altos patamares. Na região de Nova Mutum, os preços ainda não atingiram os níveis buscados por produtores. As fábricas de ração indicam R$ 79,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em agosto e pagamento no fim do mês, mas os vendedores indicam valores mais altos e estão retraídos. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, as indicações de compra se mantêm em R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto. Por ora, não há interesse de venda.

No Paraná, na região de Ponta Grossa, a comercialização de milho no spot evolui pouco. Os compradores indicam em média R$ 97,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento entre 10 e 15 dias, estável nos últimos sete dias e abaixo das indicações de venda (entre R$ 100,00 e R$ 105,00 por saca de 60 Kg, nas mesmas condições). No momento, somente aqueles produtores que precisam de capitalização mais rápida estão vendendo novos lotes. A confirmação da quebra na 2ª safra de 2021, à medida que a colheita avança, também contribui para a retração dos vendedores. Apenas fábricas de ração de pequeno e médio portes do Paraná e de Santa Catarina cedem e adquirem lotes nos patamares indicados pelos produtores, com abastecimento da mão para boca. Grandes como JBS, BRF, Cargill estão importando. O milho importado chega no Paraná entre R$ 91,00 e R$ 92,00 por saca de 60 Kg. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), os compradores indicam entre R$ 90,00 e R$ 91,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro e pagamento em março de 2022, mas os produtores desejam valores mais altos. Para a 2ª safra de 2022, não há referência de preços.