12/Ago/2021
A comercialização de milho está praticamente travada nas regiões produtoras do País. Seja por desacordo de preços entre as pontas compradora e vendedora, seja por cautela de produtor em liberar mais lotes, ou, ainda, pelo fato de que indústrias conseguiram se abastecer em Estados vizinhos e até no exterior. Assim, os negócios não andam. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a negociação não avança por causa da queda de braço entre as pontas compradora e vendedora. Os produtores indicam R$ 100,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias, os compradores indicam R$ 100,00 por saca de 60 Kg, mas CIF na Serra Gaúcha. A indústria está abastecida e só deve voltar ao mercado a partir de dezembro. Em relação à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), as indústrias indicam entre R$ 82,00 e R$ 83,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em janeiro/fevereiro e pagamento em março, mas os produtores estão cautelosos.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os compradores do mercado interno vêm reduzindo suas indicações para o milho. As fábricas de ração indicam R$ 78,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em agosto e pagamento no fim do mesmo mês. As usinas de etanol indicam R$ 76,00 por saca de 60 Kg. A queda dos preços reflete, em parte, o fato de alguns compradores estarem abastecidos no momento com milho importado. Os compradores da Região Sul estavam buscando milho em Mato Grosso, mas estão retraídos agora. Os produtores permanecem focados no cumprimento de contratos antigos. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fazendas em julho do ano que vem e pagamento em agosto.