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28/Jul/2021

Futuros estão estáveis com cautela de investidores

Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (27/07) na Bolsa de Chicago, refletindo uma postura mais cautelosa dos investidores. Durante a maior parte de junho/julho, não valeu a pena perseguir um rali de preços ou liquidar posições durante uma queda. Traders não querem ficar muito altistas até que possam determinar a queda nos rendimentos. O vencimento dezembro do grão cedeu 0,50 cent (0,09%) e fechou a US$ 5,46 por bushel. As tensões entre Estados Unidos e China e seu possível impacto sobre a demanda chinesa também influenciaram os negócios. Na segunda-feira (26/07), durante cúpula de representantes dos países na cidade chinesa de Tianjin, a China culpou os Estados Unidos pela deterioração das relações bilaterais e conclamou o governo norte-americano a mudar sua mentalidade altamente equivocada e política perigosa.

Em resposta, a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, pediu que a China olhe além das diferenças entre os dois países e aja como uma potência global responsável. Isso não ajuda no cumprimento dos compromissos assumidos na primeira fase do acordo comercial entre os dois países. No entanto, considerando que as compras chinesas estão cerca de 30% abaixo de onde deveriam estar, também não piora muito a situação. De qualquer forma, a China tinha concordado em comprar commodities norte-americanas somente quando isso fizesse sentido economicamente. A piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos e preocupações com a 2ª safra de 2021 de milho no Brasil impediram uma queda mais acentuada dos preços.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 64% da safra do país apresentava condição boa ou excelente até o dia 25 de julho, redução de 1% ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 72%. Da safra, 79% tinham formado espigas, ante 79% um ano antes e 73% na média dos cinco anos anteriores. O governo dos Estados Unidos afirmou que 18% da safra tinha formado grãos, ante 20% na data correspondente do ano passado e 17% na média de cinco anos. Além disso, baixas temperaturas na Região Sul do Brasil devem prejudicar ainda mais a 2ª safra de 2021 do País. A JBS informou que já comprou o equivalente a 30 navios com milho da Argentina, em razão da quebra na 2ª safra 2021 brasileira, que elevou os custos com o cereal.