14/Jul/2021
Os preços do milho subiram 18,1% nos últimos 30 dias no Brasil, passando de R$ 83,00 por saca de 60 Kg para os atuais R$ 98,00 por saca de 60 Kg em algumas localidades. No entanto, novas altas podem ser limitadas pelo milho argentino, que chegaria ao Brasil a R$ 86,00 por saca de 60 Kg CIF. A alta do milho das últimas semanas foi ocasionada pela ocorrência de geadas no Paraná, um dos grandes produtores nacionais, que teve uma forte redução na sua oferta.
Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), cerca de 42% das lavouras apresentavam condições ruins, 46% médias e apenas 12% condições boas na semana passada. O rendimento caiu de 5.166 quilos por hectare da última safra, para 4.020 quilos por hectare na safra atual, com algumas lavouras com rendimento ainda menor. A expectativa de produção passou a ser de 9,82 milhões de toneladas, 19% a menos do que as 12,17 milhões de toneladas colhidas na 2ª safra de 2020.
Quebras semelhantes ocorreram em outros Estados, reduzindo a expectativa de produção total de milho no Brasil em 2020/2021 para 93,38 milhões de toneladas, contra 102,58 milhões de toneladas produzidas no ano anterior. Os estoques finais do milho no Brasil estão previstos em 5,46 milhões de toneladas, contra 10,60 milhões de toneladas da safra anterior, segundo o relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado no dia 8 de julho.
As altas nos preços poderão ser contrabalanceadas, pelo menos para os grandes compradores, pelo milho argentino, que chegaria no interior de Santa Catarina, por exemplo, a menos de R$ 90,00 por saca de 60 Kg CIF, contra R$ 98,00 por saca de 60 Kg indicado atualmente pelos vendedores locais e com abundância de volume para fazer frente à escassez do Estado.