14/Jul/2021
Segundo o Itaú BBA, os preços do milho na Bolsa de Chicago seguirão sob influência dos mapas climáticos nos Estados Unidos, já que julho e agosto são meses essenciais para determinar o tamanho da safra norte-americana, mas a tendência é de manutenção em patamares elevados. Mesmo assumindo boas condições da lavoura, o balanço de oferta e demanda local não deverá ter muita folga. Contudo, alguma pressão sobre as cotações poderá ocorrer caso rumores de redução da mistura de etanol nos Estados Unidos se materializem. Outro ponto de atenção são as importações chinesas de milho na safra 2021/2022. A projeção feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica que a China deve importar 20 milhões de toneladas, abaixo dos 26 milhões projetados no relatório de oferta e demanda.
No Brasil, embora alguma queda momentânea possa ocorrer com o avanço da colheita da 2ª safra de 2021, as cotações tendem a seguir os preços internacionais com prêmios significativos sobre a paridade de exportação diante da redução de produtividade da segunda safra brasileira, o que deve deixar o balanço local bastante apertado mesmo em um cenário de queda das exportações. O preço para setembro na B3 embutia prêmio sobre a paridade de exportação de R$ 20,00 por saca de 60 Kg, o mais alto já estimado para o contrato. É válido ressaltar, entretanto, que as paridades de importação de milho da Argentina, por exemplo, sugerem que o espaço para prêmios de exportação muito maiores é limitado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.