09/Jul/2021
Apesar da evolução da colheita nas principais regiões produtoras de milho do País, os produtores continuam distantes dos negócios. O foco no momento está na retirada do cereal do campo e no cumprimento dos contratos fechados antecipadamente. Muitos ainda não têm noção exata da produção e da produtividade média e, por isso, preferem não arriscar vender além do que colherão. Além disso, há expectativa de valorização do cereal, em virtude da possibilidade de mais perdas nas lavouras provocadas pela onda recente de frio. Sem interesse de venda e demanda pouco aquecida, a comercialização no mercado interno avança lentamente.
Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, a demanda está pouco aquecida e concentrada em compradores de menor porte, mas os produtores tampouco têm urgência em negociar agora. As fábricas de ração indicam, em média, R$ 74,00 por saca de 60 Kg, para embarque e pagamento imediatos ou dentro do mês de julho. O valor indicado para exportação continua bem distante do apontado pelo mercado interno: no máximo R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB. Para negociação antecipada da 2ª safra de milho de 2022, os compradores do mercado interno indicam R$ 57,00 00 por saca de 60 Kg FOB ou CIF, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem. Para exportação, a indicação de tradings é de R$ 53,00 00 por saca de 60 Kg. os produtores não estão com pressa de vender.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a negociação tem avançado lentamente. Há registro de negócios pontuais a R$ 90,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista. A demanda vem tanto de granjas quanto indústrias. Havia ainda rumores de que milho da Região Centro-Oeste chegaria ao entorno de Passo Fundo entre R$ 92,00 e R$ 93,00 00 por saca de 60 Kg CIF no disponível. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), não há interesse de compra e venda na região.