07/Jul/2021

A comercialização de milho no mercado interno segue em ritmo lento. Os preços subiram entre R$ 3,00 a R$ 4,00 por saca de 60 Kg nesta terça-feira (06/07). Os preços indicados pelas indústrias para esmagamento interno continuam firmes. Os produtores estão afastados do mercado na expectativa de que os preços do cereal possam subir ainda mais, na medida em que os danos causados pelas geadas às lavouras forem mensurados. Além disso, a perspectiva de continuidade do clima frio em importantes regiões produtoras mantém os vendedores mais cautelosos na fixação de contratos futuros. As revisões quanto à produção esperada da 2ª safra de 2021 continuam.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Campo Grande, os produtores continuam limitando a oferta, na expectativa de elevação dos preços do cereal. Os produtores seguem avaliando o impacto das geadas ocorridas na semana passada sobre as lavouras. Isso porque os danos causados pelo fenômeno climático costumam levar até 10 dias para aparecer. Na região de Dourados, os compradores indicam R$ 85,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em 30 dias. Há baixa disponibilidade de milho na região em virtude de a colheita começar a partir de 15 de julho. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 62,00 por saca de 60 Kg FOB Dourados, para retirada em julho e pagamento em agosto de 2022.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, a negociação é lenta. Os agentes aguardam para ver o tamanho da quebra causada pela geada na 2ª safra de 2021. Na região oeste, onde as lavouras estavam mais adiantadas, o estrago pode não ter sido tão grande, mas na região a perspectiva é de prejuízo maior. As fábricas também estão retraídas, ainda abastecidas com milho importado. A indicação de compra é de R$ 81,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento 30 dias depois. Na região norte, os compradores indicam R$ 88,00 por saca de 60 Kg. Para negociação futura da safra de verão (1ª safra 2021/2022), o mercado perdeu a referência com a quebra na 2ª safra de 2021. Os compradores poderão precisar importar milho e tradings tendem a ofertar internamente o que haviam adquirido para exportação.