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01/Jul/2021

Preço do milho avança com forte alta em Chicago

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgou nesta quarta-feira (30/06), o seu relatório de intenção de área para o milho e soja nos Estados Unidos. Contrariando a expectativa do mercado, o USDA elevou em 2% a área plantada de milho, para 37,52 milhões de hectares. O mercado esperava um número superior a esse. Os preços futuros subiram com força. Para o próximo semestre, três fatores deverão direcionar os preços. O primeiro deles é área de milho, que ficou abaixo do que o mercado esperava. O segundo é o clima nos Estados Unidos que não está completamente favorável, e esse cenário pode manter a linha das cotações estável ou em alta. Por fim, o cenário brasileiro, com o clima adverso nesse momento será importante para os preços.

Primeiro, tivemos seca na 2ª safra de 2021 e agora com a geada ampliando as quebras, o mercado poderá retomar a tendência de alta do milho no segundo semestre. As baixas temperaturas e a ocorrência ou perspectiva de geadas em diversas regiões produtoras de milho 2ª safra, de Mato Grosso do Sul ao Paraná, elevam os preços do cereal no Brasil. Produtores, compradores e agentes do mercado temem que o frio e o gelo comprometam ainda mais as lavouras e reduzam a oferta, já restrita. A valorização do grão está estimulando negócios pontuais, mas boa parte dos produtores permanece focada nas plantações e pede valores mais altos. Mesmo no Rio Grande do Sul, onde o milho é colhido na safra de verão, o quadro atual também sustentou uma alta das cotações.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Campo Grande, a ocorrência de geadas e a perspectiva de gelo nos campos mantêm os produtores retraídos. A perspectiva é de que as geadas possam aumentar as perdas na 2ª safra de 2021. O temor de novas perdas e a baixa disponibilidade de milho no mercado está elevando os preços no spot. As indústrias indicam R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em 30 dias na região de Dourados. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, ainda não há interesse de venda por parte do produtor. Os compradores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB Dourados, para retirada em julho e pagamento em agosto de 2022. Mas, o mercado está parado, sem oferta de novos lotes.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a negociação avança lentamente. Há registro de negócios pontuais entre R$ 83,00 e R$ 84,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Para granjas, que apresentam necessidade mais urgente, há registro de negócios entre R$ 86,00 e R$ 87,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. A necessidade de compradores, aliada à alta dos futuros na B3 e ao risco de geadas no Paraná, está elevando as cotações. Na região da Serra Gaúcha, a referência de compra é de R$ 84,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Os compradores já buscam lotes da 2ª safra de 2021 na Região Centro-Oeste. Mas, a negociação esbarra nas indicações de venda elevadas e no alto custo do transporte. Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), na região de Passo Fundo, a indicação de compra do mercado interno está entre R$ 73,00 e R$ 76,00 por saca de 60 Kg, para entrega em janeiro e fevereiro e pagamento em março.