29/Jun/2021
A perspectiva de geadas nesta semana em Mato Grosso do Sul e no Paraná desestimula ainda mais produtores rurais destes Estados a ofertar lotes de milho. Há possibilidade de que a 2ª safra de 2021 do grão, que vem sendo constantemente revisada para baixo, ser ainda menor, a depender dos efeitos da geada. Os produtores poderão precisar do cereal ainda estocado para cumprir contratos envolvendo a 2ª safra de 2021. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2021 que está no campo não avança. Além disso, os preços já vinham caindo há algumas semanas. Caso a 2ª safra de 2021 seja menos volumosa, a tendência de queda durante a colheita pode não se sustentar.
Em Mato Grosso do Sul, os produtores estão apreensivos com os efeitos que as geadas previstas para esta semana e se retraem. As indicações de consumidores domésticos do Estado se mantêm entre R$ 70,00 e R$ 72,00 por FOB no interior do Estado e em Dourados, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. os vendedores não sinalizam por quanto voltariam a negociar. O temor com os possíveis prejuízos decorrentes da geada também inibe a comercialização antecipada da 2ª safra de 2021 que está para ser colhida. Os compradores do mercado interno indicam R$ 68,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto.
Há, por ora, perspectiva de recuo das cotações à medida que a colheita avançar, mas isso pode mudar a depender da geada. Para exportação, as indicações de compra são de R$ 70,50 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá (PR), o equivalente a R$ 60,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados, valor muito distante, ainda, dos apontados pelo mercado interno. Com relação à 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 55,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em propriedades de Dourados em julho de 2022 e pagamento no mês seguinte. Para exportação, os valores indicados são os mesmos do mercado doméstico.