22/Jun/2021

O mercado doméstico de milho continua sendo mais influenciado pela dinâmica de oferta e demanda do que pela alta volatilidade dos futuros do cereal que marcou os últimos dois pregões na Bolsa de Chicago. O gradual avanço da colheita da 2ª safra de 2021, especialmente em Mato Grosso, bem como o menor apetite por lotes entre compradores, vem pressionando os preços. Os vendedores estão com as atenções voltadas ao trabalho no campo. Na Região Sul, onde a produção é majoritariamente na safra de verão (1ª safra), os preços também caem. Assim, a negociação é muito pontual.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os consumidores domésticos reduzem de forma significativa suas indicações de compra para o milho no spot, a R$ 68,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento imediatos. Com o gradual aumento da oferta, acompanhando os trabalhos de campo, a tendência é que os preços do milho continuem sob pressão. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho de 2022 e pagamento em agosto. De modo geral, há pouco apetite de compra ou venda no momento. Os compradores estão esperando avançar mais a colheita para ver se os preços recuam um pouco. E o produtor não está querendo fazer negócios agora, a maioria já comprou insumos para a safra futura.

No Paraná, a negociação está travada. Na região norte, os compradores indicam R$ 81,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 30 dias, porém os vendedores não sinalizam por quanto gostariam de negociar. Os compradores percebem o mercado mais ofertado e prefere não elevar as indicações. Para exportação, a indicação é de R$ 77,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em setembro no Porto de Paranaguá. O preço segue abaixo do mercado interno e não atrai interesse de venda. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg.