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01/Jun/2021

Chuvas irregulares causam perdas nas lavouras

Com produção nacional estimada em 271,7 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos de 2020/2021 está sendo ameaçada pela falta de chuvas em várias regiões do País. A seca afeta principalmente o milho 2ª safra de 2021, o feijão e o trigo. A soja e o milho da safra de verão (1ª safra 2020/2021) já tiveram a colheita praticamente encerrada. Mesmo com a previsão de safra recorde, deve haver uma queda mínima de 2,1 milhões de toneladas por causa do plantio do milho fora da janela ideal, em razão da baixa ocorrência de chuvas. Em todo Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, na maior parte do Paraná e no sudoeste de São Paulo, a média de chuvas ficou pelo menos 30% abaixo do esperado.

Com o baixo volume de chuvas nos últimos 60 dias, as lavouras de milho já apresentam perdas significativas de produção. Houve uma ocorrência de chuva com baixo volume em meados de abril e outra chuva fraca há 15 dias, insuficiente para melhorar as reservas hídricas do solo. O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral/Seab) informou que muitos produtores rurais já estão acionando o seguro em função das perdas na 2ª safra de milho 2021. Na região de Apucarana, sindicatos rurais mobilizam os produtores para o recebimento dos seguros. Em São Paulo, na região de Capão Bonito, a escassez de chuvas também preocupa os agricultores.

Ocorrem chuvas com pouco volume, menos do que nos anos anteriores, mas ainda não houve um impacto muito forte nas lavouras. O problema é que as nascentes estão fracas para o uso de irrigação, quando ela for necessária. Na região sudoeste de São Paulo, a falta de chuvas causou redução de 23% na área cultivada com o feijão. Quem plantou, enfrentou problema com a estiagem. O feijão começou com bom desenvolvimento, mas faltou chuva na floração e as vagens não encheram como se esperava. Em Mato Grosso, segundo monitoramento da Conab, a falta de chuvas já afeta a safra de milho, mas as lavouras ainda podem se recuperar se houver a regularização do clima.

Em Mato Grosso do Sul, no entanto, as perdas já são irreversíveis. Pelo menos 75% das lavouras já apresentam perdas, que ainda podem se tornar mais severas. Em Goiás, além das perdas já ocasionadas pela falta de chuvas, o prolongamento da estiagem prejudica a reserva de água para irrigação. A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) está orientando os agricultores a estocarem água em tanques e bacias de contenção. As chuvas têm vindo fortes, mas escassas e a água mais escoa do que infiltra no solo. É preciso aproveitar essa água e fazer o uso racional para irrigação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.