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25/Mai/2021

Preços do milho caem sob pressão de compradores

Uma parte dos compradores de milho do mercado interno, entre eles grandes empresas, se encontra relativamente abastecida para os próximos meses e vem forçando uma baixa dos preços. Tradings direcionaram ao mercado interno parte dos volumes que embarcariam ao exterior, por meio de contratos com entregas previstas para julho, agosto e setembro, o que trouxe certo alívio aos consumidores que enfrentavam dificuldades para adquirir volumes sem elevar os valores indicados. Na Região Sul, a situação é semelhante. Os compradores estão menos atuantes no mercado e há relatos de abastecimento por cereal importado ou trazido de outros Estados.

Em Mato Grosso do Sul, os consumidores domésticos reduzem gradualmente os preços. A indicação atual é de R$ 88,00 por saca de 60 Kg FOB no spot, valor que não atrai interesse de venda, deixando o mercado lento. A comercialização da 2ª safra de 2021, por sua vez, está parada no Estado. Os compradores do mercado interno vêm mantendo suas indicações em R$ 85,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em Dourados em julho e pagamento em agosto. Para exportação, a indicação é de R$ 85,00 por saca de 60 Kg no Porto de Paranaguá (PR), o equivalente a R$ 72,00 por saca de 60 Kg em Dourados. Mas não há interesse de venda enquanto as incertezas quanto ao tamanho da safra continuarem. Com relação à 2ª safra de 2022, a indicação de compra do mercado doméstico é de R$ 60,00 por saca de 60 KG FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, a negociação está travada. Os compradores se mantêm fora das negociações e os vendedores também indicam que preferem aguardar, ainda capitalizados por terem feito negócios de milho recentemente a R$ 100,00 por saca de 60 Kg, recebido pagamentos de soja e comercializado lotes de trigo. A indicação de compra é de no máximo R$ 94,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Ainda assim, há rumores de que a chegada de milho importado à região pode frear aquisições mesmo nesse valor. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), não há indicações de compra ou venda.