17/Mai/2021

Os contratos futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (14/05), ampliando perdas da sessão anterior, quando o contrato julho recuou 5,6%. Nas últimas duas sessões, a desvalorização acumulada foi de 9,9%. As cotações operaram em alta em parte do pregão, após a divulgação pelo Departamento Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de novas vendas do grão para a China. Contudo, os dados do relatório mensal de oferta e demanda divulgados pelo USDA no dia 12 de maio e o clima no Brasil se sobrepuseram e estimularam novo movimento de correção por fundos. O vencimento julho perdeu 31 cents (4,59%) e fechou a US$ 6,43 por bushel. As vendas dos contratos com vencimento em julho estão relacionadas a liquidações por parte de fundos.

A estimativa é de que os administradores tenham vendido na sexta-feira (14/05) entre 22 mil e 26 mil contratos de milho e de mil a 2 mil contratos de trigo, enquanto compraram 4,2 mil contratos de soja. O Commerzbank afirmou que as primeiras estimativas do governo norte-americano para a safra 2021/2022 foram otimistas e surpreenderam o mercado. O mercado foi pego de surpresa pelo otimismo do USDA em prever um superávit na oferta global de milho. Apesar das perdas, investidores não deixam de monitorar as condições climáticas no cinturão agrícola dos Estados Unidos e na América do Sul. No Brasil, o clima seco ameaça a 2ª safra de 2021 de milho e segue levando a revisões nas perspectivas de produção.

Na Argentina, a colheita continua atrasada em comparação à temporada anterior. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a retirada do milho do campo atingiu 24,6% da área plantada no país e só não avança mais rapidamente porque os produtores têm priorizado a colheita da soja. A demanda aquecida pelo milho norte-americano limitou as perdas na Bolsa de Chicago. No início da sessão, assim como nas cinco sessões anteriores, o USDA relatou nova venda avulsa de milho para a China. Desta vez, o volume comercializado soma 1,36 milhão de toneladas e tem entrega prevista para o ano comercial 2021/2022. Foi o terceiro reporte de comercialização de milho dos Estados Unidos para a China acima de 1 milhão de toneladas em uma semana.