12/Mai/2021
Os contratos futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (11/05) na Bolsa de Chicago, sustentados por sinais de demanda pelo grão produzido nos Estados Unidos e ajustes antes do relatório mensal de oferta e demanda, que será publicado nesta quarta-feira (12/05) pelo Departamento de Agricultura dos Estados (USDA). O contrato com vencimento em julho ganhou 10,50 cents (1,48%) e fechou a US$ 7,22 por bushel. Os futuros operaram em forte alta em boa parte do pregão, com traders se reposicionando na véspera do relatório mensal do USDA, o primeiro com estimativas de oferta e demanda para a temporada 2021/2022. Além disso, as perdas na sessão anterior na Bolsa de Chicago abriram espaço para fundos voltarem a investir em grãos.
Dados de demanda pelo cereal norte-americano também impulsionaram as cotações. O USDA relatou vendas de 680 mil toneladas de milho norte-americano para a China com entrega prevista no ano comercial 2021/2022. Na segunda-feira (10/05), o USDA já havia relatado comercialização de 1,02 milhão de toneladas para o país asiático, fora as 1,36 milhão de toneladas reportadas na sexta-feira (07/05). Além disso, a expectativa é de que a produção de etanol nos Estados Unidos na semana encerrada em 7 de maio tenha sido maior do que na semana prévia. Nesta quarta-feira (12/05), a Agência Americana de Energia (EIA) deve divulgar dados semanais de produção e a expectativa do mercado é que o volume tenha ficado entre 950 mil e 976 mil barris por dia, ante 952 mil barris diários na semana passada.
Se a produção atingir o limite máximo das estimativas, será a maior desde meados de dezembro, bem acima dos 617 mil barris por dia registrados em igual período de 2020. A perspectiva de menor produção de milho na 2ª safra de 2021 no Brasil segue dando suporte aos futuros do cereal na Bolsa de Chicago. O clima quente e seco em regiões produtoras do País afeta o desenvolvimento das lavouras e já há reduções nas projeções de safra. O clima do Brasil continua um desastre durante o período chave para o milho 2ª safra, que representa cerca de três quartos da safra total do País. Na última semana, praticamente todas as regiões de cultivo registraram seca.