07/Mai/2021
As chuvas irregulares podem prejudicar a produtividade da 2ª safra de milho de 2021 no noroeste de Minas Gerais, uma das maiores regiões produtoras do cereal do Estado. Segundo a Emater-MG, as chuvas têm sido irregulares, mas não houve perdas significativas nas lavouras. No entanto, deve ocorrer uma redução de produtividade. A estimativa era de uma produtividade média de 90 sacas de 60 Kg por hectare, mas agora a expectativa é de 60 sacas de 60 Kg por hectare. Sem a chuva para granar o milho, a redução da produtividade deve ser entre 20% e 30% na 2ª safra de 2021. A produção de milho 2ª safra vem crescendo ano a ano na região, chegando a superar a safra de verão (1ª safra), como ocorreu em 2019 quando área da safra de verão foi de 78 mil hectares plantados e a 2ª safra, de 79 mil hectares plantados.
Este ano, no entanto, apesar dos altos preços do grão, muitos produtores locais ficaram receosos em investir na 2ª safra, por causa do calendário de plantio e colheita da soja postergado pela demora das chuvas no início da safra, em 2020. O atraso das chuvas comprometeu a janela ideal para o plantio da 2ª safra de 2021. Assim, a safra de verão (1ª safra 2020/2021) cresceu bastante, chegando a 110 mil hectares plantados na região (em 2020 foram 75 mil hectares), mas na 2ª safra de 2021, ficou em 75 mil hectares cultivados, apesar dos altos preços. Além das incertezas quanto às condições climáticas provocadas pelo atraso da época do plantio, a alta dos custos de produção também desestimulou muitos produtores a investir na 2ª safra de 2021. Os custos de produção têm subido consideravelmente.
A maioria dos insumos é dolarizada e o dólar se mantém num patamar alto. Além disso, sempre há alguma especulação de fabricantes e vendedores, já que os preços do milho estão próximos de R$ 100,00 por saca de 60 Kg. Além da forte elevação dos insumos agrícolas, outra preocupação é com o efeito inflacionário da subida dos grãos no setor agropecuário. Quando o milho e a soja sobem, eles carregam junto uma série de outros produtos, principalmente da cadeia de proteína animal. Uma boa parte da composição das rações animais é composta por essas duas commodities. Então, será inevitável um impacto na produção de carnes, suínos, aves, ovos e leite. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.