04/Mai/2021
O clima seco no Brasil e a incerteza quanto ao desenvolvimento das lavouras do País têm garantido acentuados avanços dos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago. Internamente, porém, tais altas pouco efeito têm surtido. Primeiro porque o clima seco que puxa a Bolsa de Chicago para cima também afasta produtores do mercado nacional, pelo temor de vender mais do que a produção de fato após já ter comercializado grande parte da 2ª safra de 2021. Em segundo lugar, a necessidade de compradores do mercado interno de adquirir lotes é tão grande que mesmo com os futuros em patamares elevados na Bolsa de Chicago, os valores indicados por consumidores domésticos são superiores ao de tradings. Ainda assim, não atraem ofertas expressivas. A oferta de milho segue escassa no País.
Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, as negociações de milho no spot são pontuais. Os compradores indicam R$ 80,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento antecipado e embarque imediato, em maio ou junho. Os vendedores não aceitam esse preço. A demanda é superior à oferta. Os preços devem se manter nos níveis atuais até a entrada da 2ª safra de 2021. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a indicação de compra é de R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para pagamento antecipado e retirada no mês de julho. Tradings indicam entre R$ 70,00 e R$ 73,00 por saca de 60 Kg. No Rio Grande do Sul, a negociação também avança pouco. As indústrias indicam R$ 100,00 por saca de 60 Kg, posto fábrica na região da Serra Gaúcha, mas os vendedores buscam valores mais altos. Quanto à negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2021/2022), os agentes não mostram interesse nesse tipo de operação no momento.