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04/Mai/2021

Preços globais avançam com clima seco no Brasil

Os preços do milho na Bolsa de Chicago subiram para o maior nível em oito anos, ultrapassando os US$ 7,50 por bushel, em meio ao clima seco que reduz a produção do Brasil, antes posicionado para se tornar o segundo maior exportador mundial do grão nesta temporada. A safra de milho do País agora é estimada em 104,0 milhões de toneladas em relação à previsão anterior de 112,8 milhões de toneladas, devido à estiagem que causa perdas em todos os Estados produtores. Com chuvas limitadas em áreas centrais nesta semana, a seca deve continuar a afetar as lavouras.

Uma grande parte da 2ª safra de 2021 do Brasil está em solos secos. As condições de oferta já estão apertadas. Mesmo perdas modestas restringem ainda mais a oferta. Contratos futuros de commodities agrícolas estão em alta, o que volta a colocar foco na inflação de alimentos. Os preços medidos pelo índice Bloomberg Agriculture Spot atingiram o nível mais alto desde 2012. As apostas de alta no milho por gestores de ativos estão perto do maior nível em 10 anos, enquanto possuem o maior volume de posições altistas na soja em quatro meses. O milho teve alta de 19% em abril, o melhor desempenho desde 2015, e teve a mais longa sequência de ganhos mensais desde 2008.

A soja avançou pelo 11º mês, o período mais longo de valorização registrado desde 1959. A queda da produção brasileira ocorre em meio à oferta global já apertada, devido ao recorde de importações chinesas impulsionadas pela recuperação do plantel de suínos, o maior do mundo. As compras também são puxadas pelo aumento da demanda da indústria de amido e adoçantes. Operadores também acompanham o plantio nos Estados Unidos, o maior produtor. Os mercados chineses estão fechados até quarta-feira (05/05) devido a um feriado. Fonte: Bloomberg e Yahoo Finanças Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.