03/Mai/2021
Os futuros de milho fecharam em alta expressiva na sexta-feira (30/04) na Bolsa de Chicago, no limite de variação diária estabelecido pela Bolsa. O desempenho refletiu principalmente o clima seco em importantes regiões de cultivo do Brasil. De acordo com a meteorologia, áreas centrais do País devem ter poucas chuvas nos próximos sete dias. Alguns analistas estão projetando uma colheita total no País de 93 milhões de toneladas, bem abaixo da previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 109 milhões de toneladas.
Se a produção do Brasil ficar mesmo tão reduzida, provavelmente o cereal norte-americano terá não apenas concorrência mínima no mercado de exportação, mas uma possibilidade maior de importações brasileiras de milho. O vencimento julho do grão avançou 25,00 cents (3,86%) e fechou a US$ 6,73 por bushel. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a colheita de milho alcançou 19,5% da área plantada na Argentina, um avanço de 2,5% ante a semana anterior. O rendimento continua próximo da média das duas temporadas anteriores, e a projeção para a safra foi mantida em 46 milhões de toneladas.
A parcela da safra em condição boa ou excelente aumentou de 37% para 41% na semana. A parcela em condição regular ou ruim diminuiu de 16% para 14%. A forte demanda chinesa e a grande procura no mercado doméstico dos Estados Unidos também deram suporte às cotações. As margens na fabricação de etanol melhoraram e isso está levando a uma procura maior por milho. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com o cereal. O avanço do plantio norte-americano, no entanto, é um fator de pressão. A semeadura do milho pode ficar acima da projeção mais recente do USDA, de 36,88 milhões de hectares.