30/Abr/2021
Os futuros de milho fecharam sem tendência definida nesta quinta-feira (29/04) na Bolsa de Chicago. O milho para julho, atualmente o mais negociado, subiu 4,25 cents (0,66%) e fechou a US$ 6,48 por bushel. Os demais vencimentos terminaram em leve baixa. O mercado ficou volátil com ajustes de fim de mês, incertezas sobre a safra brasileira, vendas realizadas por produtores e a disputa entre comprados e comprados que estão liquidando posições. Para os vendedores de milho, se houver necessidade de fluxo de caixa, os preços atuais estão muito bons pelos padrões históricos. Porém, a expectativa é de preços um pouco mais altos no prazo mais longo.
A demanda por milho no mercado físico continua forte. As margens na fabricação de etanol melhoraram e isso está levando a uma procura maior por milho. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com o cereal. O clima seco no Brasil ainda é motivo de preocupação, pois grande parte da área da 2ª safra de 2021 no Brasil sofre com a falta de chuvas. O mercado está passando por oscilações agora, uma vez que corrige uma situação de sobrecompra e avalia se o aperto futuro que ele precificou vai realmente ocorrer. Alguns analistas acreditam que os preços mais altos podem estimular produtores nos Estados Unidos a aumentar a área semeada, o que melhoraria um pouco a perspectiva de oferta.
Agricultores no Meio Oeste afirmam que conseguiram acelerar o plantio antes das chuvas ocorridas na quarta-feira (28/04). A semeadura de milho pode atingir 40% até o dia 2 de maio. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores norte-americanos venderam 521,3 mil toneladas de milho da safra 2020/2021 na semana encerrada em 22 de abril. O volume representa alta de 35% em relação à semana anterior, mas queda de 8% na comparação com a média das quatro semanas anteriores. Para 2021/2022, foram vendidas 553,4 mil toneladas. A soma das duas safras é de 1,075 milhão de toneladas.