28/Abr/2021
Os futuros de milho fecharam em baixa moderada nesta terça-feira (27/04) na Bolsa de Chicago, após uma sessão volátil. O vencimento julho do grão perdeu 3,00 cents (0,46%) e fechou a US$ 6,54 por bushel, após ter atingido máxima de US$ 6,84 (+4%) e mínima de US$ 6,46 (-1,67%). Fundos de investimento adotaram uma postura mais cautelosa, em meio à percepção de que o mercado está sobrecomprado. Nos seis pregões anteriores, o milho acumulou valorização de 14,6%.
Além disso, fundos continuavam apostando fortemente na alta dos preços, com um saldo comprado de 380.083 lotes em 20 de abril. A forte demanda externa pelo grão norte-americano, o clima seco no Brasil e atrasos no plantio nos Estados Unidos impediram uma queda mais acentuada dos preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 101.600 toneladas de milho para destinos não revelados. Do total, 50.800 toneladas têm entrega prevista para a temporada 2020/2021, e as outras 50.800 toneladas, para 2021/2022.
O clima seco em importantes áreas de cultivo do Brasil também vem dando suporte às cotações. De acordo com a meteorologia, a previsão para o Centro-Sul do País é de apenas chuvas fracas nos próximos dias. A expectativa para o rendimento da 2ª safra de 2021 está diminuindo. O milho brasileiro vai começar a entrar na fase reprodutiva nesta semana e isso deve prosseguir até o fim de maio, sob uma forte seca.
A Aprosoja-MS infrmou que 44% da 2ª safra de 2021 em Mato Grosso do Sul foi semeada fora da janela ideal e terá maior risco de enfrentar condições adversas, como estiagem e geada durante o desenvolvimento das plantas. O USDA informou que o plantio de milho nos Estados Unidos estava em 17% até o dia 25 de abril, abaixo da média dos cinco anos anteriores, de 20%. Apesar do atraso, muitos acreditam que os preços mais altos vão incentivar produtores a ampliar a área semeada.