27/Abr/2021
As incertezas em torno das condições climáticas nas próximas semanas em lavouras da 2ª safra de 2021 plantadas fora da janela ideal têm com que os consumidores domésticos elevem sucessivamente suas indicações para o cereal de Mato Grosso do Sul. Com isso, parte dos vendedores está se desfazendo de lotes e bons volumes são negociados. No Rio Grande do Sul, as altas vêm ocorrendo de forma mais lenta e a queda de braço entre compradores e vendedores se mantém, impedindo o avanço dos negócios.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os compradores indicam R$ 96,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em maio e pagamento em 30 dias. Há registro de negócios neste patamar de preço. O que ocasionou a valorização foi a demanda reforçada de compradores interessados em formar estoques, temerosos de não terem milho mais à frente, por causa de adversidades climáticas. A comercialização antecipada do milho 2ª safra de 2021 continua parada. A indicação de compra é de R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento em agosto.
No Rio Grande do Sul, a negociação segue travada. Na região da Serra Gaúcha, os compradores indicam R$ 98,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Na região de Passo Fundo, a indicação de compra está entre R$ 95,00 e R$ 96,00 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos. A alta dos preços na comparação semanal é sustentada pela necessidade de compradores de indústrias e granjas. Ainda assim, muitos consumidores reclamam que a conta já não fecha e sinalizam reduções de alojamentos de frangos e na criação de suínos. Quanto à negociação futura da safra de verão (1ª safra 2021/2022), não há interesse de compra ou venda.