16/Abr/2021
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (15/04) na Bolsa de Chicago, após números de vendas dos Estados Unidos que vieram abaixo do esperado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 327.700 toneladas de milho da safra 2020/2021 na semana encerrada em 8 de abril. O volume representa queda de 57% em relação à semana anterior e de 81% na comparação com a média das quatro semanas anteriores. Para 2021/2022, foram relatadas vendas de 52.600 toneladas.
A soma das duas safras foi de 380.300 toneladas. O vencimento julho do grão recuou 2,75 cents (0,47%) e fechou a US$ 5,76 por bushel. A demanda chinesa por milho e as condições climáticas nos principais países produtores do cereal vão continuar direcionando os preços globais no curto prazo. Do lado da demanda mundial, novos surtos de peste suína africana (PSA) na China preocupam. A dúvida é se, com esses focos da doença, as importações chinesas de milho para alimentação animal continuarão fortes.
O clima no Brasil é motivo de preocupação, já que boa parte da 2ª safra de 2021 no País foi plantada fora da janela ideal. A meteorologia afirmou que o estresse nas lavouras deve persistir. Neste fim de semana e no começo da próxima, a previsão é de chuvas fracas e isoladas em áreas centrais do País. A Região Sul também deve ter apenas chuvas fracas. No entanto, mesmo com o atraso no plantio e adversidades climáticas, a safrinha deve atingir recorde de produção, de 77,65 milhões de toneladas. Apesar de ser volume abaixo do potencial esperado, de 81,32 milhões de toneladas, a produção deve ser recorde, se o clima colaborar.