14/Abr/2021
Os futuros de milho fecharam em alta de quase 2% nesta terça-feira (13/04) na Bolsa de Chicago. Nos Estados Unidos, o foco do mercado está mudando para a safra nova e, caso a estimativa de área plantada do Departamento de Agricultura do país (USDA) se confirme, a oferta vai continuar apertada ou ficar ainda mais apertada. O vencimento julho do grão avançou 10,50 cents (1,89%) e fechou a US$ 5,66 por bushel. Isso vai tornar qualquer problema climático muito mais importante. A previsão do USDA para estoques finais em 2020/2021, de 34,34 milhões de toneladas, leva a relação estoque/uso para 9,2%.
Desde 1973, essa relação ficou abaixo de 10% apenas seis vezes. Na segunda-feira (12/04), após o fechamento do mercado, o USDA informou que o plantio de milho nos Estados Unidos estava em 4% até o dia 11 de abril, em comparação a 3% na média dos cinco anos anteriores. Embora o número tenha excedido a média de cinco anos, ainda está abaixo da expectativa do mercado. Porém, ainda é muito cedo para qualquer conclusão. Preocupações com a 2ª safra de milho 2021 no Brasil contribuíram para os ganhos.
O tempo seco e quente que se formou no fim de março sobre parte do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo persistiu na primeira semana cheia de abril. Com isso, lavouras semeadas em áreas mais arenosas, ou que receberam menores volumes de chuva nas últimas semanas, enfrentam estresse hídrico. Há problemas tanto em áreas já entrando em reprodutivo como em áreas semeadas mais tarde, ainda em vegetativo, e parte dos produtores já fala em perda de potencial produtivo. A situação é menos complicada em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, onde tem chovido um pouco mais. Mesmo assim, a apreensão entre os produtores é grande em todo o Centro-Sul.