08/Abr/2021

Segundo a Plataforma de Sementes da Corteva Agriscience, os preços remuneradores pagos pelo milho no Brasil e a perspectiva de demanda firme e cotações sustentadas nos próximos meses vêm estimulando a antecipação das compras de sementes do cereal para a safra 2021/2022. Foram registradas vendas 50% maiores do que no mesmo período do ano passado em regiões que plantam milho na safra de verão (1ª safra), de forma mais acelerada, e nas áreas que cultivam 2ª safra. Isso é atribuído ao cenário da commodity e ao bom relacionamento que a empresa tem com seus clientes. A Corteve lançou dois híbridos de milho da marca Pioneer, com maior tolerância a estresse hídrico e tecnologia de proteção contra insetos e tolerância a herbicidas.

O foco dos lançamentos são as regiões nas quais há maior probabilidade de estresse hídrico e de o cultivo ser realizado fora da janela ideal de plantio, caso dos Estados do Centro-Oeste, região central e norte do País. Os novos híbridos da tecnologia Optimum AQUAmax estão sendo cultivados no Brasil por cerca de 500 produtores, para serem colhidos no meio do ano, e vêm comercializados para a safra de verão (1ª safra 2021/2022), destinados a Estados da região central, como Bahia, Goiás e Minas Gerais, e excluindo o Sul, assim como para a 2ª safra de 2022. O projeto envolveu pesquisas em melhoramento genético ao longo dos últimos 10 anos no Brasil.

Testes em campo mostraram que um dos híbridos alcançou produtividade 10% superior à média em situação de estresse hídrico no período de enchimento de grãos e rendimento superior em condições normais em 75% das análises. O outro híbrido tem características semelhantes, mas poderá ser usado também em silagem e possui tolerância às principais doenças, como o complexo de enfezamentos. Em países da Europa, sementes de milho com a nova tecnologia são responsáveis por 40% a 50% das vendas da marca Pioneer. A marca Pioneer já é líder em sementes de milho em regiões de Mato Grosso e na 2ª safra.

A expectativa para a próxima safra é de incremento em relação aos 500 agricultores que estão plantando os híbridos neste ano. A companhia prevê lançar novas sementes com a mesma tecnologia futuramente. O "caminho é longo" até que as produtividades médias alcançadas nas lavouras de milho do Brasil e dos Estados Unidos se equiparem, pois há diferenças de clima e solo dos dois países. O milho é uma cultura que se adapta bem em climas temperados (caso dos Estados Unidos. É preciso continuar investindo e trabalhar em colaboração com o agricultor para melhorar o manejo. Há boas oportunidades para reduzir as diferenças. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.