06/Abr/2021
Os futuros de milho fecharam em queda nesta segunda-feira (05/04) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Um movimento de liquidação de posições compradas também pesou sobre os contratos, após dados terem mostrado que fundos de investimento elevaram ainda mais suas apostas na alta das cotações na semana encerrada em 30 de março. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida comprada desses agentes aumentou 2,16% no período, de 379.509 para 387.698 lotes.
O vencimento maio do grão caiu 6,50 cents (1,16%) e fechou a US$ 5,53 por bushel. Os preços recuaram apesar da forte demanda externa pelo grão produzido nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,912 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana passada, aumento de 11,16% ante a semana anterior. A demanda por milho terá de ser racionada, tendo em vista a projeção de área divulgada na semana passada, que veio abaixo da expectativa. Se o rendimento do milho atingisse um recorde de 11,27 toneladas por hectare, os estoques finais (em 2021/2022) ficariam em 30,3 milhões de toneladas.
Isso representaria queda de 20,5% ante o ciclo atual e levaria a relação estoque/uso para 7,93%. Essa relação ficou abaixo de 10% apenas seis vezes desde 1973. Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que a colheita de milho na Argentina alcançou 7,9% da área plantada. Na comparação com igual período do ano passado, há um atraso de 14,3%. Chuvas na última semana elevaram a umidade dos grãos e atrapalharam o avanço dos trabalhos. Em áreas semeadas mais tarde, as chuvas vêm melhorando a condição das plantações. Nas lavouras implantadas mais cedo, o rendimento continua abaixo das expectativas iniciais.