26/Mar/2021

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (25/03) na Bolsa de Chicago, refletindo uma maior projeção de área plantada nos Estados Unidos. Em fevereiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a área semeada com milho no país deve ficar em 37,23 milhões de hectares. A estimativa representa aumento de 405 mil hectares em relação ao ano passado. Nesta quinta-feira, a Farmers Business Network projetou uma área ainda maior, de 37,84 milhões de hectares.

O vencimento maio do grão recuou 6,75 cents (1,22%) e fechou a US$ 5,4650 por bushel. Fundos de investimento liquidaram posições compradas antes do relatório de intenção de plantio, que o USDA publica na próxima quarta-feira (31/03). A queda de hoje se deve a uma redução de risco diante da imprevisibilidade do relatório de 31 de março. O milho também foi pressionado pela alta do dólar no mercado internacional e pela queda do petróleo.

O avanço da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, enquanto o recuo do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os preços caíram apesar da forte demanda pelo milho norte-americano.

O USDA informou que exportadores relataram vendas de 111 mil toneladas de milho para o Japão, com entrega prevista para a temporada 2020/2021. Exportadores venderam 4,482 milhões de toneladas de milho da safra 2020/2021 na semana passada. O volume representa alta expressiva ante a semana anterior e é significativamente maior do que média das quatro semanas anteriores. Para 2021/2022, foram relatadas vendas de 144.600 toneladas. A China comprou 3,891 milhões de toneladas do volume total, de 4,63 milhões de toneladas.