23/Mar/2021
Os preços de milho vêm subindo em todo o País, dada a necessidade de consumidores domésticos de adquirir volumes e a pouca oferta de cereal no momento, um pouco maior apenas na Região Sul, que colhe o cereal na safra de verão (1ª safra 2020/2021). Outro fator, contudo, vem turbinando as cotações: a perspectiva de uma entressafra mais longa, dado o plantio tardio da 2ª safra de 2021. Diante deste cenário, alguns compradores elevam os preços para adquirir lotes maiores e reforçar seus estoques. Na Região Centro-Oeste, a movimentação de volumes é menor, porque a maior parte da 2ª safra de 2020 já foi vendida.
No Paraná, na região norte, há registro de negócios a R$ 90,00 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 45 dias. A maior parte dos compradores indica R$ 88,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Embora grandes indústrias sigam abastecidas, se protegem contra uma possível escassez. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2021, os compradores indicam R$ 75,50 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em setembro no Porto de Paranaguá. A oferta é restrita.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, é raro encontrar volumes de milho no mercado à vista. Os preços indicados por compradores vêm subindo há mais de uma semana, para R$ 73,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento imediatos. A demanda tem vindo de fábricas de ração, usinas de etanol e outros compradores do mercado interno. A oferta é escassa, pois restam volumes muito pontuais. Para negociação da 2ª safra de 2021, os exportadores indicam R$ 66,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto.