22/Mar/2021
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (19/03) na Bolsa de Chicago, novamente refletindo a forte demanda chinesa pelo grão norte-americano. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 800 mil toneladas de milho para a China, com entrega prevista para a temporada 2020/2021. Foi o quarto dia seguido com anúncio de venda avulsa de milho para o país asiático. No período, as vendas somam 3,88 milhões de toneladas.
O avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também influenciou os negócios. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do grão avançou 11,25 cents (2,06%) e fechou a US$ 5,57 por bushel. A previsão de chuvas abaixo do normal em áreas centrais do Brasil também deu suporte aos preços, já que isso pode prejudicar o desenvolvimento da 2ª safra de milho de 2021.
Na Argentina, a expectativa é de chuvas em áreas centrais e do norte do país nos próximos sete dias. De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, chuvas na última semana em grande parte da área agrícola da Argentina melhoraram as reservas hídricas do solo e devem beneficiar parcialmente as lavouras semeadas mais tarde. A parcela da safra em condição boa ou excelente aumentou de 17% para 22% na semana.
A parcela em condição regular ou ruim diminuiu de 28% para 22%. Embora os preços do milho tenham subido, alguns traders estão preocupados com uma possível piora da relação entre Estados Unidos e China. Representantes dos dois países trocaram farpas antes da primeira reunião entre funcionários do alto escalão do governo de Joe Biden e da China, que acontece no Alasca. O comércio de produtos agrícolas, no entanto, transcende os eventos no Alasca e não deve ser afetado por enquanto.