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12/Mar/2021

Indicador do milho bate um recorde nesta semana

O Indicador do milho Cepea/Esalq/BM&F fechou acima de R$ 90,00 por saca de 60 Kg na quarta-feira (10/03), pela primeira vez na série histórica, iniciada em agosto de 2004. O Indicador subiu 1,90%, para R$ 91,59 por saca de 60 Kg. Mesmo em dólar o preço avançou 4,25%, para US$ 16,19 por saca de 60 Kg. O movimento foi na contramão dos preços futuros e do dólar, que recuaram mais de 2% na sessão de quarta-feira (10/03). O Indicador registrou a oitava alta seguida, acumulando ganho de 7,24% no mês, refletindo principalmente a preocupação com a oferta do cereal da 2ª safra de 2021 após atrasos no plantio, mas também a elevação dos custos de transporte.

O valor também superou o recorde real (corrigido pela inflação) anterior da série do Cepea, de R$ 89,90 por saca de 60 Kg, registrado em 30 de novembro de 2007. O Cepea já havia chamado a atenção para a alta dos preços do milho no mercado brasileiro. O impulso vem da combinação da posição firme dos vendedores, diante das preocupações com o atraso da semeadura da 2ª safra de 2021 frente à temporada anterior, com as constantes elevações dos fretes, visto que há escassez de caminhões para o escoamento da safra verão e das entregas do cereal. As maiores dificuldades de abastecimento têm sido observadas nas regiões consumidoras de São Paulo, o que impulsiona as cotações. Devido à dificuldade enfrentada pelos consumidores, alguns têm optado pelo grão que está mais próximo, levando-os a aceitar os patamares mais elevados.

Na semana passada, o preço no mercado disponível havia atingido os maiores valores históricos em regiões como norte e oeste do Paraná e Sorocabana (SP). Nesse cenário, os produtores têm preferido estocar a mercadoria colhida da safra de verão (1ª safra 2020/2021), além do restante da safra 2019/2020. Muitos ainda apostam que as cotações não devem recuar de forma expressiva no curto e médio prazos. As exportações e o desenvolvimento da 2ª safra de 2021 devem ser decisivos para as cotações no segundo semestre. Na B3, os dois primeiros contratos, março e maio, também estão acima de R$ 90,00 por saca de 60 Kg. O primeiro fechou o pregão de quarta-feira (10/03) a R$ 91,08 por saca de 60 Kg, e o segundo, a R$ 93,86 por saca de 60 Kg.

Nas principais regiões produtoras, o plantio segue atrasado. Em Mato Grosso, maior Estado produtor, a semeadura atingia 73% da área prevista até sexta-feira (05/03), avanço semanal de 18,36% Há um ano, o plantio tinha sido concluído em 97,9% da área. Mato Grosso já comercializou 70,89% da safra de milho 2020/2021 até fevereiro, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os mapas no País mostram clima úmido para a metade norte do Brasil, com chuvas de até 160 milímetros. Nos próximos 10 a 15 dias, há outra rodada de precipitações fortes que diminuirão ainda mais o ritmo de colheita da soja e plantio do milho 2ª safra de 2021. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.