12/Mar/2021
Os futuros de milho fecharam em alta nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado foi impulsionado pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O recuo do dólar ante as principais moedas, que torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros, também influenciou os negócios. O vencimento maio ganhou 4,50 cents (0,84%) e fechou a US$ 5,38 por bushel.
Incertezas sobre a produção argentina e atrasos no plantio da 2ª safra 2021 de milho no Brasil também deram suporte às cotações. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no entanto, projetou uma safra recorde de milho no Brasil, de 108,07 milhões de toneladas, em comparação a 105,5 milhões de toneladas estimadas em fevereiro. Em 2019/2020, a safra foi de 102,52 milhões de toneladas. Preocupações com novos surtos de peste suína africana (PSA) na China exerceram alguma pressão sobre os contratos.
O surgimento de novas variantes do vírus da doença pode atrapalhar a recomposição do plantel de suínos no país e afetar a demanda por grãos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 395.500 toneladas de milho da safra 2020/2021 na semana encerrada em 4 de março. O volume é bem maior do que o reportado na semana anterior, mas 48% menor do que média das quatro semanas anteriores. Para 2021/2022, foram relatadas vendas de 287.300 toneladas. A soma das duas safras é de 682.800 toneladas.