ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

11/Mar/2021

Preços do milho firmes e comercialização pontual

Com a proximidade do período de entressafra entre a colheita do milho verão (1ª safra 2020/2021) e da 2ª safra de 2021, e a perspectiva de uma produção menor do que a esperada inicialmente, os consumidores domésticos do cereal continuam tentando adquirir volumes e, para isso, elevando os valores indicados. Até o momento, os vendedores evitam fazer negócios. Mas, há expectativa de que alguns compradores aceitem pagar mais e volumes pontuais sejam negociados. De modo geral, prevalece o foco nos trabalhos de campo, especialmente nas regiões que cultivam a 2ª safra. Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, os consumidores domésticos indicam R$ 78,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Os compradores estão preocupados com a entressafra.

Há demanda do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e confinamentos de Mato Grosso do Sul. Os preços indicados no Porto de Paranaguá (PR) considerados pouco atrativos para os vendedores. Para que produtores recebam R$ 78,00 por saca de 60 Kg FOB na exportação, o valor no Porto de Paranaguá deveria chegar a R$ 93,00 por saca de 60 Kg, mas está entre R$ 79,00 e R$ 80,00 por saca de 60 Kg. Em relação à 2ª safra de 2021, os preços indicados por compradores domésticos têm se mantido na faixa de R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em agosto. Os exportadores indicam R$ 67,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. Mas, não está saindo negócios, tendo em vista o atraso no plantio da 2ª safra de 2021 no Estado e as incertezas quanto ao tamanho da produção que virá. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, a indicação de compra é de R$ 50,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto.

No Rio Grande do Sul, na região de Vacaria, as indústrias indicam entre R$ 77,00 e R$ 78,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento de 30 a 40 dias, porém os vendedores desejam valores mais altos. Os lotes ofertados vêm tanto dos estoques da safra anterior quanto da produção da safra de verão (1ª safra 2020/2021). A disputa sobre as cotações está acirrada. De um lado, os compradores se encontram abastecidos e substituíram milho por trigo e triguilho na ração em virtude dos preços altos. Os compradores fazem aquisições pontuais para manter estoque. Já os vendedores se mantêm firmes nas indicações. Além das quebras de safra na Região Sul, estão atentos ao atraso no plantio da 2ª safra de 2021 na Região Centro-Oeste em virtude do fato de que a soja ainda não terminou de ser colhida.