05/Mar/2021
Os futuros de milho reverteram ganhos e fecharam em baixa nesta quinta-feira (04/03) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo desempenho do dólar, que ampliou a alta ante as principais moedas após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) apresentar um quadro de incertezas sobre a economia dos Estados Unidos. O fortalecimento da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros. O vencimento maio do grão recuou 2,75 cents (0,51%) e fechou a US$ 5,32 por bushel.
Números semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram abaixo da expectativa do mercado e pesaram sobre as cotações. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 115.900 toneladas de milho da safra 2020/2021, menor nível do ano comercial, na semana encerrada em 25 de fevereiro. O volume é 74% inferior ao reportado na semana anterior e 96% menor do que a média das quatro semanas anteriores. Por outro lado, as exportações no período somaram 2,01 milhões de toneladas, o maior volume do ano comercial.
O avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, impediu uma queda mais acentuada dos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. As perdas também foram limitadas por incertezas sobre a safra sul-americana. A Argentina é a maior preocupação do mercado no momento, por causa do clima quente e seco previsto para os próximos dias. Quanto ao Brasil, traders estão atentos aos atrasos no plantio da 2ª safra de 2021. Serão necessárias chuvas até maio para garantir o potencial de produção, pois os produtores estão plantando além do período mais indicado para semeadura.