04/Mar/2021
A quase inexistente oferta de milho no spot, a alta dos futuros e a valorização do dólar, puxam os preços para cima em diversas regiões do Brasil. Tanto no mercado spot quanto nas propostas de compra para a 2ª safra de 2021, há reajuste para cima dos valores, após um período de estagnação. Contudo, esse movimento e os recentes cortes em estimativas de produção alimentam a expectativa de mais altas. Com esse cenário e a incerteza quanto ao tamanho da colheita da 2ª safra de 2021 que está sendo implantada com atraso, os produtores seguem focados no campo.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o mercado está parado e os vendedores não demonstram interesse em negociar. No spot, os compradores do mercado interno indicam entre R$ 74,00 e R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Os compradores estão elevando as indicações, mas o alto preço do frete dificulta. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2021, tradings indicam R$ 65,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto. Com relação à 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 51,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho do ano que vem e pagamento em agosto, mas como o valor é muito inferior aos sinalizados atualmente no spot e para a 2ª safra de 2021, não há interesse de venda.
No Paraná, na região norte, os compradores indicam R$ 83,00 por saca de 60 Kg CIF e R$ 81,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em 30 dias, mas não há interesse de venda. Na região dos Campos Gerais, onde está sendo colhida a safra de verão (1ª safra 2020/2021), a indicação de compra está entre R$ 79,00 e R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para retirada até o fim do mês e pagamento 30 dias depois. A oferta é restrita. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2021, os compradores indicam R$ 71,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em setembro nos terminais ferroviários da região norte. A ponta vendedora prefere não apresentar lotes para negociação futura neste momento por apostar em preços mais altos diante do atraso no plantio da 2ª safra de 2021.