04/Mar/2021
Segundo o Itaú BBA, os preços de milho na Bolsa de Chicago devem continuar sustentados no curto prazo, com a perspectiva de balanço apertado nos Estados Unidos e a consolidação de mais um ano de déficit global da commodity. Nesse contexto, ganha ainda mais relevância o tamanho final das safras brasileira e argentina. Quanto à safra da Argentina, embora a qualidade das lavouras tenha melhorado em fevereiro, dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires mostraram que apenas 30% da safra apresentava condição boa ou excelente na semana passada, ante 59% em igual período do ano passado.
No Brasil, chama atenção o atraso no plantio do milho 2ª safra de 2021. Isso sugere que parte relevante do milho será plantado fora da janela ideal, o que deverá trazer mais riscos ao desenvolvimento da cultura. Do lado da demanda, o mercado deve continuar atento à evolução das compras chinesas. Se elas se acelerarem ainda mais, as cotações na Bolsa de Chicago poderão ganhar fôlego adicional. A China, que vem recompondo seu plantel de suínos após surtos de peste suína africana (PSA), comprou grandes volumes de milho dos Estados Unidos em janeiro.
Desde o fim daquele mês, no entanto, não tem aparecido nos anúncios de vendas avulsas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O cenário é de preços firmes no Brasil nos próximos meses, já que a chegada da safra de verão (1ª safra 2020/2021) não deverá ser suficiente para trazer grande conforto ao mercado. Além disso, os preços altos na Bolsa de Chicago atrelados ao câmbio desvalorizado devem deixar a paridade com as cotações internacionais em patamares elevados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.