01/Mar/2021
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (26/02) na Bolsa de Chicago, refletindo a alta do dólar no mercado internacional e o enfraquecimento do petróleo. O avanço da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, enquanto a queda do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do grão recuou 2,25 cents (0,41%) e fechou a US$ 5,47 por bushel.
A volatilidade recente do mercado deixou traders mais cautelosos, após muitos terem ganhado dinheiro fácil com commodities nos últimos meses. A volatilidade extra adiciona risco de mercado e traders deveriam estar reduzindo suas posições. Dados de vendas externas dos Estados Unidos publicados na quinta-feira (25/02) também pesaram sobre os contratos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 453.300 toneladas de milho da safra 2020/2021, o menor volume do ano comercial, na semana encerrada em 18 de fevereiro.
O resultado é 55% inferior ao reportado na semana anterior e 85% menor do que média das quatro semanas anteriores. Para 2021/2022, foram relatadas vendas de 145.900 toneladas. As vendas totais forma de 599.200 toneladas. O recuo do milho deve ter curta duração e os preços ainda devem atingir um teto em março ou abril. Porém, vendas realizadas por produtores podem causar alguma volatilidade. Como vendedor de milho, se tem necessidade de fluxo de caixa, esses preços obviamente são muito bons e realizar algumas vendas nesses níveis seria uma decisão difícil de contestar.