26/Fev/2021
O mercado registra negócios pontuais envolvendo volumes remanescentes de milho da 2ª safra de 2020. Em algumas regiões, empresas do mercado interno estão elevando as indicações para atrair produtores para o mercado, em um momento em que as atenções estão totalmente voltadas à colheita da soja, ainda atrasada em comparação ao ano passado, e ao plantio da 2ª safra de 2021. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2021, há tempos não são reportados acordos. Os produtores temem fechar novos negócios agora, sem ter a noção clara do quanto conseguirão colher depois.
Em Mato Grosso, na região de Sorriso, usinas de etanol que precisavam atender necessidades de última hora estão movimentando o mercado e há registro de negócios a R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento em abril. A expectativa, contudo, é que não tarde para que estes compradores voltem a se distanciar do mercado, após terem comprado o necessário. Antes disso, a demanda não estava aquecida.
Para a 2ª safra de 2021, as indústrias indicam R$ 60,00 por saca de 60 Kg, para embarque em julho e pagamento em 30 de setembro. Tradings indicam R$ 57,90 por saca de 60 Kg FOB, nos mesmos prazos. Com relação à negociação antecipada da 2ª safra de 2022, os compradores indicam R$ 54,60 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem. Os produtores não demonstram interesse em negociar antecipadamente a 2ª safra de 2022.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, compradores e vendedores divergem sobre preços. A indicação de compra está entre R$ 78,00 e R$ 79,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, abaixo do valor indicados por produtores. A maior parte dos compradores está abastecida e recebendo contratos, principalmente de algumas regiões do Estado onde é mais precoce a colheita. Os compradores só devem voltar a originar lotes maiores na região em abril e maio, após a colheita da safra de verão (1ª safra 2020/2021) e antes da entrada da 2ª safra de 2021.