24/Fev/2021
O avanço da colheita na Região Sul do Brasil aumenta a oferta de produto para grandes compradores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que costumam se abastecer da 2ª safra de Mato Grosso do Sul, reduzindo a procura por lotes no Estado. Sem a necessidade de elevar os preços para garantir o abastecimento, estes compradores mantêm suas indicações em valores abaixo dos desejados por vendedores que ainda têm produto estocado. Entre os produtores, contudo, o foco continua sendo a colheita da soja, bastante atrasada em relação ao ano passado, e no plantio da 2ª safra de 2021, também lento.
Em Mato Grosso do Sul, por conta da demanda menos aquecida e baixa disponibilidade de produto para venda, as negociações de milho são muito pontuais no spot. Os consumidores domésticos indicam R$ 73,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato na região de Dourados e pagamento em 30 dias. os compradores da Região Sul têm estoque e estão buscando volumes para abril e maio, garantindo o suprimento durante a entressafra. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2021, os exportadores indicam R$ 64,00 por saca de 60 Kg FOB em Dourados, para retirada em agosto e pagamento em setembro.
No Rio Grande do Sul, há registro de negócios pontuais a R$ 83,50 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 15 dias em Passo Fundo, Erechim e Não-me-Toque. O preço se mantém estável nos últimos sete dias. Os lotes negociados são da safra de verão (1ª safra 2020/2021) que está sendo colhida no Estado, mas, mesmo com o avanço da colheita, as cotações seguem sustentadas. A oferta é restrita. Continua saindo milho rumo ao exterior pelo Porto de Rio Grande enquanto os embarques de soja não se intensificam. Embora se trate de contratos fechados anteriormente e não surjam novos negócios para venda externa, os consumidores internos seguem pagando preços mais altos do que a referência de exportação para evitar que novos volumes deixem o País.