22/Fev/2021
No Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, realizado entre os dias 18 e 19 de fevereiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a produção de milho no país deve somar o recorde de 384,83 milhões de toneladas na temporada 2021/2022, aumento de 6,8% ante o total de 360,24 milhões de toneladas registrado no ano-safra anterior. A produtividade média do cereal deve avançar 4,4%, de 10,796 toneladas por hectare para 11,267 toneladas por hectare. Os estoques finais de milho têm alta estimada em 3,3%, a 39,42 milhões toneladas, em relação a 38,15 milhões de toneladas registrado no ciclo anterior.
Quanto às exportações, a projeção é de incremento de 2%, de 66,04 milhões de toneladas para 67,31 milhões de toneladas. Em relação à demanda doméstica, a estimativa é de que o uso para etanol em 2021/2022 cresça 5%, para 132,08 milhões de toneladas. O incremento de área plantada em 2021/2022 é de 1%, ou 400 mil hectares, para 37,23 milhões de hectares. A atual relação estoque/uso para milho e soja, a menor desde 2013/2014, e a forte demanda internacional por ambas as commodities sugerem melhor remuneração para milho e soja do que para trigo, algodão e muitas outras culturas, com um forte incentivo para o plantio. O preço médio do milho em 2021/2022 deve ser de US$ 4,20 por bushel, recuo de 2,3% ante os US$ 4,30 por bushel do ciclo passado.
A receita com exportação de milho em 2021 pode chegar a US$ 14 bilhões, alta de US$ 800 milhões ante a projeção anterior. Isso porque valores mais altos devem mais do que compensar a queda do volume exportado. As perspectivas de exportação continuam boas, com vendas sem precedentes para a China; vendas robustas para mercados tradicionais, incluindo Japão, México e Colômbia; e fortes vendas para a região norte da África. Desde outubro, o milho dos Estados Unidos tem sido o mais competitivo entre os principais países exportadores do cereal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.