19/Fev/2021

No Fórum Anual de Perspectivas Agrícolas, realizado entre os dias 18 e 19 de fevereiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que a colheita de milho do Brasil tende a afetar os preços recebidos pelo produtor norte-americano na safra 2021/2022. A maior área de milho na 2ª safra de 2021 e melhor infraestrutura do Brasil nos portos do Norte aumentaram a competição que o milho norte-americano enfrenta nos mercados globais bem no momento da colheita dos Estados Unidos, potencialmente afetando o preço recebido por essa safra norte-americana.

O preço médio do milho norte-americano na safra 2021/2022 deve ficar em US$ 4,20 por bushel, recuo de 2,3% ante os US$ 4,30 por bushel do ciclo anterior. A maior competitividade do cereal brasileiro ante o norte-americano acompanhou o crescente consumo global de proteínas, que estimula a demanda por grãos para alimentação animal. O aumento da demanda global tem gerado um aumento na participação do Brasil durante a primavera do Hemisfério Norte, resultando em mais hectares de soja e uma 2ª safra de milho que ultrapassou a safra de verão (1ª safra) em tamanho.

O plantio do milho 2ª safra de 2021 está atrasado no País, em virtude do atraso na colheita de soja, o que poderia resultar em menor área destinada às lavouras do cereal. Enquanto o atraso no plantio coloca a 2ª safra de 2021 em maior risco de queda de produtividade devido ao fim das chuvas em abril e maio, os preços atuais em Reais compensam parte desse risco apoiando a expansão da área plantada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.