19/Fev/2021
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta quinta-feira (18/02) na Bolsa de Chicago, refletindo a perspectiva de uma área plantada maior em 2021/2022 nos Estados Unidos. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no Fórum de Perspectivas Agrícolas, a área deve aumentar 1%, ou 405 mil hectares, para 37,23 milhões de hectares. A atual relação estoque/uso para milho e soja, a menor desde 2013/2014, e a forte demanda internacional por ambas as commodities sugerem melhor remuneração para milho e soja do que para trigo, algodão e muitas outras culturas, com um forte incentivo para o plantio.
O vencimento maio do milho perdeu 1,75 cent (0,32%) e fechou a US$ 5,49 por bushel. O preço médio do milho em 2021/2022 deve ser de US$ 4,20 por bushel, recuo de 2,3% ante os US$ 4,30 por bushel do ciclo passado. A receita com exportação de milho em 2021 pode chegar a US$ 14 bilhões, alta de US$ 800 milhões ante a projeção anterior. Isso porque valores mais altos devem mais do que compensar a queda do volume exportado. As perspectivas de exportação continuam boas, com vendas sem precedentes para a China; vendas robustas para mercados tradicionais, incluindo Japão, México e Colômbia; e fortes vendas para o Norte da África.
Desde outubro, o milho dos Estados Unidos tem sido o mais competitivo entre os principais países exportadores do cereal. O mercado também foi pressionado por dados de produção de etanol nos Estados Unidos. Segundo a Administração de Informação de Energia do país, a produção média foi de 911 mil barris por dia na semana encerrada em 12 de fevereiro, volume 2,77% menor do que o registrado na semana anterior, de 937 mil barris por dia. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os estoques de etanol aumentaram 2,1% no período, para 24,3 milhões de barris.