04/Fev/2021
Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (03/02). Os ganhos foram sustentados pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o milho é a principal matéria-prima usada na fabricação do biocombustível. O vencimento março do grão subiu 9,00 cents (1,66%) e fechou a US$ 5,52 por bushel. Dados publicados nesta quarta-feira (03/02), porém, mostraram que os estoques de etanol nos Estados Unidos aumentaram 2,97% na semana passada, para 24,3 milhões de barris.
O aumento reflete o impacto da pandemia de Covid-19 sobre a demanda por combustíveis. A produção média de etanol no país cresceu 0,32% no período, para 936 mil barris por dia. Os preços avançaram apesar da ausência de vendas avulsas de milho norte-americano para a China nesta semana. A demanda externa por milho dos Estados Unidos deve continuar dando suporte aos preços, e atrasos na safra do Brasil e da Argentina podem resultar em menor oferta global.
É imperativo que a safra da Argentina se estabilize e que o Brasil produza uma boa 2ª safra de 2021, ou a oferta mundial de milho ficará bastante apertada. O Itaú BBA espera preços internacionais sustentados no curto prazo, diante da perspectiva de balanço apertado nos Estados Unidos e de mais um ano de déficit no mercado global do grão, o quarto consecutivo. A velocidade de recuperação do plantel de suínos na China, atrelada à incerteza em relação ao tamanho efetivo e à qualidade dos estoques locais do grão, sugere que há espaço para aumento das importações chinesas, o que poderá dar impulso adicional aos preços do milho.