03/Fev/2021
Na Bolsa de Chicago, a forte demanda externa pelo milho produzido nos Estados Unidos deve dar suporte aos preços futuros do grão nos próximos meses. Os preços devem atingir um teto somente entre março e abril. O vencimento março pode se aproximar dos US$ 6 por bushel. Na semana passada, os EUA venderam quase 6 milhões de toneladas de milho para a China, o que contribuiu para uma alta de mais de 9% na Bolsa de Chicago. O atraso na colheita de milho safra de verão (1ª safra 2020/2021) e a perspectiva de demanda firme pelo cereal nos próximos meses ajudam a manter travada a comercialização no Brasil.
Ainda não há produto para ser ofertado no spot nas regiões que colhem o grão na safra de verão, enquanto na Região Centro-Oeste, os produtores, capitalizados, mantêm as atenções na colheita de soja e no plantio do milho 2ª safra de 2021, ambos atrasados. Os preços seguem sustentados, mas os compradores têm pressionado. A perspectiva de alta dos preços, contudo, continua sendo considerada por produtores. Em Goiás, na região de Rio Verde, há registro de negócios a R$ 70,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento imediatos. Quanto à 2ª safra de 2021, os negócios continuam sendo escassos porque os vendedores creem que os preços podem subir.
Os compradores indicam entre R$ 54,00 e 56,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento em junho e julho. Quanto ao cereal da 2ª safra de 2022, há registro de negócios a US$ 10,00 por saca de 60 Kg, para pagamento e retirada em julho de 2022. No Paraná, na região dos Campos Gerais, o mercado de milho está praticamente parado. No spot, apenas pequenos compradores estão atuantes e indicam entre R$ 76,00 e R$ 78,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em dez dias. As fábricas indicam R$ 76,00 por saca de 60 Kg CIF, para embarque em março e pagamento em abril.