29/Jan/2021
A colheita da safra de milho da safra de verão (1ª safra 2020/2021) avança no País e os compradores seguem pressionando as cotações, com a perspectiva de maior disponibilidade do cereal nas próximas semanas. Nas Regiões Sul e Centro-Oeste, contudo, os vendedores ainda buscam os mesmos valores da semana anterior, pelos quais saíram acordos.
No Paraná, na região dos Campos Gerais, a colheita da safra de verão (1ª safra 2020/2021) está começando em áreas pontuais. Os compradores indicam entre R$ 77,00 e R$ 78,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. A expectativa é de que o ritmo de colheita aumente, chegando ao pico em fim de fevereiro, mas na região tem chovido todos os dias, o que pode atrapalhar a retirada dos grãos. Na região norte do Paraná, onde há poucas áreas de verão (1ª safra 2020/2021), os compradores indicam entre R$ 77,00 e R$ 78,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 10 dias. Os vendedores desejam valores mais altos (R$ 80,00 por saca de 60 Kg). Na região dos Campos Gerais, os compradores indicam R$ 76,00 por saca de 60 Kg, para entrega em março e pagamento em abril, também abaixo do interesse de venda.
Em Mato Grosso, na região de Primavera do Leste, as indicações de compradores estão recuando nos últimos dias, de R$ 70,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento imediatos na semana passada para R$ 68,00 por saca de 60 Kg, nas mesmas condições. Com isso, o volume negociado é menor. Outra questão é a data de retirada. Os compradores querem retirar em março, mas os vendedores preferem a retirada antes deste prazo. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2021, a negociação não avança por causa da incerteza sobre o clima. Os compradores indicam entre R$ 58,00 e R$ 58,10 por saca de 60 Kg, para entrega em julho/agosto e pagamento no fim dos mesmos meses. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2022 também é lenta. Para retirada e pagamento em julho, os compradores indicam R$ 48,60 por saca de 60 Kg, mas os vendedores estão retraídos. A incerteza quanto ao volume que será produzido é ainda maior do que para a safra atual.