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29/Jan/2021

China: falta de informações dos estoques de milho

As importações chinesas de milho continuam sendo alvo de debates no mercado, enquanto a potência aumenta os pedidos do cereal. Contudo, não está claro o quão alto é o déficit do grão no país. Especula-se que a China pode substituir o milho por trigo e arroz, e que poderia até reduzir a demanda por milho, importando produtos processados, diretamente de outros países, o que beneficiaria também os Estados Unidos. Cancelamentos de pedidos recentes não podem ser afastados. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relata que as importações de milho pela China podem totalizar 17,5 milhões de toneladas. Estimativas privadas projetam compras externas de até 30 milhões de toneladas. A abordagem da China para as importações de milho não é particularmente transparente.

Há especulações de que a tarifa de 65%, consolidada na Organização Mundial do Comércio (OMC), para volumes superiores a 7,2 milhões de toneladas não estaria sendo aplicada. A última safra chinesa de milho foi prejudicada por tempestades e inundações e, oficialmente, são 260,7 milhões de toneladas, volume endossado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Há críticas consideráveis sobre a qualidade do grão, pois menos 8 milhões de toneladas não são adequadas para consumo em virtude dos níveis de toxicidade. Aparentemente, menos milho também está disponível nos armazéns das províncias, depois que 4 milhões de toneladas de milho “desapareceram” dos silos. Os estoques gerais, contudo, ainda estão muito altos, equivalendo a quase 3/4 da safra de um ano.

Por causa dos altos preços do milho, parte da demanda chinesa provavelmente será substituída por trigo ou arroz. O USDA estima que a China importará 9 milhões de toneladas de trigo na atual safra, bem acima dos 5 milhões e 3 milhões de toneladas dos dois anos anteriores, respectivamente. A China também poderia reduzir a demanda por milho importando produtos processados, como o etanol, diretamente. De acordo com fontes da indústria norte-americana, pedidos de mais de 200 milhões de galões de etanol pela China já foram recebidos no primeiro semestre, o que é mais do que o recorde anterior, de 2016. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.