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28/Jan/2021

Futuros têm alta com compras da China nos EUA

Os futuros de milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (27/01), com a forte demanda chinesa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 680 mil toneladas de milho para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2020/2021. Na terça-feira (26/01), já tinha sido relatada venda de 1,36 milhão de toneladas para o país asiático. Em apenas dois dias, foram 2,04 milhões de toneladas. O vencimento março do grão subiu 1,75 cent (0,33%) e fechou a US$ 5,34 por bushel. A demanda é impulsionada pela recomposição do plantel de suínos na China, após surtos de peste suína africana (PSA) que reduziram significativamente o número de suínos do país.

Depois de cair drasticamente, os estoques de suínos chineses aumentaram 31% em 2020 e estão se aproximando do nível anterior à crise novamente. Observadores do mercado esperam que a China importe regularmente muito mais milho do que antes nos próximos anos, na faixa entre 25 milhões a 30 milhões de toneladas. Anteriormente, o volume não costumava ultrapassar 5 milhões de toneladas. Embora os preços tenham fechado em alta, ficaram bem abaixo das máximas do dia. Traders adotaram uma postura cautelosa após o mercado ter subido mais de 2% e atingido o maior nível em vários anos.

Nas duas primeiras sessões desta semana, o milho já tinha revertido a perda de 5,8% registrada na semana passada. Dados de produção de etanol nos Estados Unidos também limitaram os ganhos. Segundo a Administração de Informação de Energia do país, a produção média foi de 933 mil barris por dia na semana encerrada em 22 de janeiro, volume 1,27% menor do que o registrado na semana anterior, de 945 mil barris por dia. O volume da semana passada é o menor desde meados de outubro. Os estoques do biocombustível ficaram estáveis no período, em 23,6 milhões de barris. Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente com milho. A perspectiva de uma área semeada maior nos Estados Unidos também começa a influenciar os negócios.