25/Jan/2021
Após o fim do prazo de isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) para compras de produtos do complexo soja feitas fora do Mercosul, a preocupação dos setores produtivos e do governo concentra-se agora no milho. A importação segue isenta até o fim de março, mas a alta dos preços e a forte demanda pela produção brasileira, com a entrada da China no mercado comprador e os Estados Unidos podendo utilizar mais cereal para o etanol na gestão Biden, deixam aberta a possibilidade de a desoneração de 8% ser renovada.
Segundo o Ministério da Agricultura, manter ou prorrogar a isenção para o milho é uma tendência, pois ela equilibra um pouco o preço interno. A Pasta reuniu-se na semana passada com representantes da cadeia produtiva de aves e suínos para discutir opções para a oferta interna do cereal. Não há risco de desabastecimento. O replantio de algumas áreas na Região Sul castigadas pela estiagem no fim de 2020 deve manter a produção de milho acima de 100 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima colheita de 102,3 milhões de toneladas. Umas das opções em análise, limitada por questões de transgenia, é importar da Argentina.
A saída é ampliar a produção nacional, o que esbarra na oferta limitada de sementes do cereal, que não podem ser importadas. Outra alternativa é produzir mais sorgo e milheto. O Mapa descarta a adoção de limites para embarques. O governo não pode confiscar o milho do produtor e não vai proibir a exportação, pois o mercado é livre, 33% da produção foi exportada, o resto ficou no mercado interno, mas a demanda é crescente. O Brasil precisa ter substitutos. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.