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22/Jan/2021

Preços sobem na Região Sul com ofertas limitadas

Os preços do milho têm subido em algumas regiões, a depender da necessidade de compradores e do volume ofertado. No Rio Grande do Sul, as cotações avançam com a maior demanda, diante da disponibilidade ainda limitada da safra de verão (1ª safra 2020/2021). Contudo, o potencial de alta é limitado porque compradores locais também estão analisando o cereal em outros Estados e do Paraguai. Não há espaço para grandes altas nem para recuos expressivos. Na faixa de R$ 90,00 por saca de 60 Kg não é viável para indústria de ração, mas o preço não recua porque não tem oferta. São poucos vendedores, e a demanda está crescendo. O milho do Paraguai chega ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina a R$ 80,00 por saca de 60 Kg CIF.

A referência de exportação também está recuando. Os preços nos portos das Regiões Sul e Sudeste, que já chegaram a bater em R$ 85,00 por saca de 60 Kg neste ano, estão em R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para entrega em fevereiro e março. No Rio Grande do Sul, na região de Vacaria, há registro de negócios a R$ 86,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 15 dias. Nas regiões de Lagoa Vermelha, Três de Maio e Erechim, há registro de negócios a R$ 85,00 por saca de 60 Kg, nos mesmos prazos. Na região das Missões, onde a colheita está em andamento, mas houve quebra de safra, há registro de negócios com milho recém-colhido na faixa de R$ 85,00 por saca de 60 Kg. A demanda é forte, mas acima desses preços o comprador não consegue repassar.

Se as cotações subirem mais, a demanda pode diminuir no Rio Grande do Sul, com os compradores ainda atuantes no mercado se voltando para o milho de outros Estados. A demanda no Estado por ora se concentra em granja. Grandes indústrias de carnes já recebem alguns volumes da Região Centro-Oeste e têm se abastecido com milho do Paraguai. Entretanto, o volume ofertado no Rio Grande do Sul ainda é limitado. Os produtores estão segurando para ver se conseguem um valor maior. Além disso, a concorrência com a exportação persiste em algumas regiões do País, o que ajuda a sustentar os preços.

Em Mato Grosso do Sul, os valores indicados estão mais baixos do que no começo do mês. Os compradores reduzem as indicações na expectativa de se abastecerem em breve com a colheita da safra de verão (1ª safra 2020/2021). Os vendedores desejam valores mais altos. Na Região de Dourados, os compradores indicam entre R$ 71,00 e R$ 72,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento imediatos. A indicação tem caído porque boa parte dos compradores são da Região Sul do País, que está começando a colher o milho safra de verão (1ª safra 2020/201). Para negociação antecipada da 2ª safra de 2021, o mercado é lento. A indicação de compra é de R$ 58,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento em agosto. A expectativa é de que o preço suba a partir de abril.