14/Jan/2021
Os futuros milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (13/01), mesmo depois de terem subido fortemente na sessão anterior e fechado no limite de variação diária estabelecido pela Bolsa. Os preços continuaram refletindo o corte na estimativa de produção nos Estados Unidos e a projeção de estoques mais apertados. O mercado já esperava que o governo dos Estados Unidos mostrasse um quadro de oferta mais apertada, mas o tamanho dos ajustes surpreendeu.
O vencimento março do grão subiu 7,25 cents (1,40%) e fechou a US$ 5,24 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção doméstica de milho em 2020/2021 em 360,25 milhões de toneladas. No mês passado, a estimativa era de 368,49 milhões de toneladas. O mercado esperava 366,62 milhões de toneladas. Os estoques nos Estados Unidos ao fim de 2020/2021 foram reduzidos para 39,42 milhões de toneladas, de 43,23 milhões de toneladas em dezembro.
A expectativa do mercado era de 40,56 milhões de toneladas. Os dados geraram especulações sobre a necessidade de racionamento da demanda. Além disso, o governo dos Estados Unidos reduziu sua estimativa para a produção de milho no Brasil, de 110 milhões de toneladas para 109 milhões de toneladas. A projeção para a Argentina foi cortada de 49 milhões de toneladas para 47 milhões de toneladas.
Dados publicados nesta quarta-feira (13/01) mostraram que a produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 941 mil barris por dia na semana encerrada em 8 de janeiro, volume 0,64% maior do que o registrado na semana anterior, de 935 mil barris por dia. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. Os estoques de etanol aumentaram 1,71% no período e alcançaram 23,7 milhões de barris, o maior nível desde o começo de maio do ano passado.